segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Um olhar sobre a obra de Stephenie Meyer

Stephenie Meyer
Licenciou-se em Literatura, pela Brigham Young University. Vive com o marido e com os três filhos, no Arizona. Após a publicação do seu primeiro romance, Crepúsculo, os livreiros elegeram-na entre os mais promissores novos autores 2005 (Publishers Weekly).

Stephenie Meyer foi a escritora que mais apreciei até ao momento. A sua escrita é a principal razão da minha apreciação. É de fácil leitura, bastante organizada, esclarecedora e muito cativante. Ao começar a lê-la nunca mais se consegue parar. É esta a minha sensação ao ler o romance mais falado dos últimos tempos: Crepúsculo. A própria história também ajuda muito. De todos os livros que já li, é a mais criativa e encantadora.
A escritora conseguiu desenvolver e mostrar uma relação que se podia considerar impossível de existir. Ao longo da história, a cooperação e o amor entre Edward Cullen e Bella Swan vai crescendo cada vez mais depressa e de uma forma extraordinária que até pode originar uma pontada de inveja, a meu ver.
Ter como companheiro um vampiro deve ser algo único. Bella, a personagem principal, de certa forma, não podia ter escolhido melhor (dadas as suas tendências para desgraças) do que um vampiro como Edward. A sua postura em relação a Bella é muito protectora e com uma ternura admirável. Aquele poder de deslumbrá-la e a forma como a olha, como sorri, como fala e a sua perfeição em pessoa são tudo características que os vampiros adoptaram para alimentar a sua sede (sangue humano). Sendo esta a forma como Stephenie caracteriza estes imortais, até faz sentido que assim seja. No entanto, Edward fá-lo por outro motivo.
Meyer alterou algumas ideias que se têm em relação aos vários mitos que a maior parte das pessoas conhece: a influência da luz solar, os alhos e as cruzes, os caixões, entre outros. Referiu também que alguns vampiros possuem talentos como, por exemplo, ler pensamentos ou prever o futuro, como Edward e Alice Cullen respectivamente.
Existe uma pergunta que gostaria de colocar à própria escritora: por que razão apostou em vampiros…? Mas, visto que não é possível a sua resposta, ficarei com aquela que considero ser a mais provável: sendo os vampiros conhecidos como criaturas assustadoras e perigosas, ela mostra que podem ser seres educados e simpáticos sem nunca deixar de referir as suas características principais. Como amostra dessa opinião, Stephenie cria a família Cullen e constrói a saga Luz e Escuridão.
Como leitora das suas obras, admiro imenso a sua originalidade, inspiração e criatividade. Espero que nunca deixe de escrever, pois estava a desperdiçar um grande talento para a escrita, mas presumo que, pelo menos, por agora, isso não irá acontecer, para minha satisfação.
Desejo-lhe, com a maior sinceridade, a continuação de um grande sucesso!

Filipa Nunes – 10ºCT2

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Mostra de presépios

Mostra de presépios

Entre os dias 14 e 22 de Dezembro irá decorrer, na bilioteca da nossa Escola, a II Mostra de Presépios com a participação da Associação de Artesãos das Caldas da Rainha. Professores e funcionários são também convidados a executarem e a exporem o seu próprio presépio. Toda a comunidade está convidada a participar!

Concurso "snowparade"


Os alunos do 7º ano da nossa Escola, participaram no concurso promovido pela Santa Casa da Misericórdia das Caldas da Rainha, com um boneco com muita pinta!
Ele vai estar na Rua das Montras, nos dias 18, 19 e 20 de Dezembro. Aparece para o visitar!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Memórias da Biblioteca da Raul

Aconteceu na Biblioteca...


No dia 28 de Outubro, pelas 15.15 horas, a professora Idalina Mano associando-se à comemoração do Dia Internacional das Bibliotecas Escolares, veio fazer uma viagem em volta do seu percurso pela Biblioteca da nossa escola.
Vários foram os convidados e a turma do 10º CT1 participou nesta actividade, no âmbito do estudo do registo memorialístico. Posteriormente, e assumindo o papel da oradora, registaram também as suas memórias.

Memórias da Biblioteca

Sou hoje testemunha da lição do tempo, da efemeridade e da vertigem temporal. Em minha memória, procuro e tudo o que encontro está tão longe, tão diferente… Recordo Coimbra, cidade do meu coração, com nostalgia. Lá passei os meus anos académicos, a minha juventude, os anos coloridos da vida. Do Diário de Coimbra, relembro o meu primeiro emprego, cruzando vocábulos, enigmas esses que me eram de elaboração simples devido às cadeiras de Latim e Grego (línguas de palavras curtas) que frequentei enquanto estudante, bem como a angústia da primeira rejeição profissional. Andava, nessa altura, mergulhada noutros interesses, outras letras se apoderavam de mim.
Por vezes, revivo o meu primeiro dia na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, marcado pela imagem, carnal aos meus olhos, de uma figura colossal. À entrada da faculdade (ainda hoje lá permanece), vislumbro uma representação do deus Chronos, canibal de seus filhos. Como essa imagem me assombrou nos primeiros meses! Um foco de brutalidade à qual os meus olhos não queriam fugir, incrível. Efémera, todavia, essa sensação foi ultrapassada.
Efémera também a minha residência em Coimbra. No início da década de 50, rumei à Marinha Grande, fixando-me em 1975 (já no pós 25 de Abril) em Caldas da Rainha. Penso agora o quão irónica a memória é. Hoje, na minha tranquila biblioteca, defronte de tanta juventude, o que observo é tão límpido, tão cristalino como as imagens que me encantam da antiga biblioteca, um conjunto de três armários livrescos preenchidos com clássicos da literatura e obras do Estado Novo. Foi aproximadamente nessa altura que comecei a minha carreira de bibliotecária, função que agreguei à minha condição de professora.
A educação, depois da Revolução dos Cravos, sofreu uma grande viragem, bem me lembro. Notava-se um grande desejo em investir no futuro dos jovens, não se receava acreditar na juventude, vendo-se nela a sociedade do futuro.
Ao fim de oito anos em que estive activa na biblioteca do Magistério, voltei à escola que me acolheu na cidade da cerâmica, a actual Escola Secundária Raul Proença, antigo Liceu. O método adoptado pelo ensino era a pedagogia cultural e, tendo-a como base, a política era a obtenção de uma vasta quantidade de material. Numa época em que os recursos não escritos eram sobrevalorizados, cada cassete, cada VHS, cada poster, cada foto eram pérolas. Pérolas efémeras, mais uma vez.
Da pedagogia cultural à pedagogia do oral foi um ápice. Dos métodos informativos, baseados nos materiais audiovisuais, formou-se outra ideia relativamente ao ensino: a utilização de métodos funcionais.
Em 1993, caso não haja lacunas na minha memória, passei a coordenar o CRE (Centro de Recursos Educativos). Todo o material arranjado era precioso. Ao ponto de todos os armários terem de ser fechados. Onde teria isto cabimento nos dias de hoje? Este centro de recursos já pretendia ajudar as pedagogias construtivas. Diziam estas que o aluno não era capaz de construir a sua própria aprendizagem. O objectivo deste órgão ao qual dediquei muito era, por isso, oferecer recursos para que os alunos aprendessem por si mesmos. Nesse preciso ano, adquirimos o primeiro programa informático, de boa qualidade, diga-se. Que euforia emergiu em redor dele! Alunos e docentes acediam aos livros através dele, que brilho vislumbrava nos seus olhos! Efémero esse brilho. Efémera essa euforia.
Objectos como dossiês temáticos (tanto tempo investimos neles!) ou o primeiro computador eram recebidos na altura com o espanto e alegria equiparados hoje à descoberta de vida fora da Terra. Poderá haver melhor exemplo de efemeridade?
Acabada a informatização da minha querida biblioteca, hoje uma flor de cultura, um local acolhedor e muito mais rico do que quando ma passaram para as mãos, retirei-me para desfrutar os anos que me restam numa nova aventura.
E é com nostalgia que revivo novamente esta história (a de uma simples rapariga que ousou um dia fazer algo que a apaixonou) com a certeza de ter aprendido a lição da vida, já sem me ressentir da vertigem do tempo e consciente de que tudo o que farei até à morte será sempre efémero.

Filipa Sá






As minhas memórias...

A história da biblioteca mistura-se com a história da minha vida. As memórias são feitas com o tempo, e é com o passar do tempo que nos apercebemos que ele nos vai destruindo aos poucos. A sua vertigem é enorme, o que antes era agora não é, tudo se altera e se transforma tão depressa, tudo é tão efémero.
A minha ligação com a biblioteca começou em 1977, quando eu era a delegada e responsável por tomar conta das três estantes de livros que existiam. Os livros dessas estantes eram removidos regularmente e eu apenas tinha que tomar conta das entradas. Lembro-me que existiam na biblioteca clássicos como Fernão Lopes, Camões, João de Barros, Camilo Castelo Branco, Bocage, Guerra Junqueiro... Uma vasta lista de autores portugueses.
Nasci em Coimbra, e quando vim para cá sentia-me totalmente ligada à minha terra, muito pelo facto de meu pai ter uma cervejaria onde eu passava algum do meu tempo, o que fazia com que me socializasse bastante com as pessoas de lá. Mas a minha vontade de obter mais conhecimento e de fazer mais leituras era enorme.
Em 1979/1980, os Ministérios tinham uma grande abertura ao conhecimento e possuíam muitas verbas. Durante os oito anos em que estive no Ministério, aprendi muito sobre pedagogia e frequentei a Gulbenkian. Bons tempos que conseguiram corresponder às minhas ânsias de conhecimento e de novas leituras!
Ao fim destes oito anos, graças à Pedagogia Cultural, vim para a Raul Proença. Em 1989, houve um encontro de Pedagogia Cultural. O objectivo era construir roteiros, pensar na necessidade de enriquecer as bibliotecas, facilitando o acesso ao estudo e, para isso, a solução era actualizar as bibliotecas com novos livros e manuais sobre várias áreas e disciplinas. Nesta altura, o mais importante era a aquisição de material: mais e mais material. Os professores gravavam cassetes com a leitura de estrofes d’ Os Lusíadas para que os alunos pudessem ouvir e não só ler a obra de Camões, levavam fichas para a aula e posters para desenvolver mais interesse por parte dos seus alunos. Apenas se pedia material novo, aumentando a pedagogia cultural. Tudo se baseava nisso, mais material e mais matéria livresca.
Com o aumento cada vez maior da necessidade de material, surgiu o ICAV que promovia a sensibilização para a comunicação audiovisual, que surgiu em 1989 e durou até 1991/1992. A imagem era tudo, mais que a palavra. A formação e estágio eram apenas no sentido de aumentar o arquivo nas escolas. Mais tarde, surgiu a preocupação pela avaliação oral dos alunos.
A Escola Raul Proença fez um grande esforço, desde a assinatura de revistas à disponibilização de verbas para aumentar os manuais na biblioteca, que ultrapassou os três armários . Em 1993, surgiu o Centro de Recursos e um novo modelo de gestão. Os livros e as cassetes adquiridos pela Escola estavam fechadas porque eram tão cobiçados que não era permitido o acesso livre a estes utilitários por parte dos estudantes e o sonho de os ver a entrar na biblioteca e mexer nos livros, procurar o que precisavam para o seu estudo, revelava-se impossível.
Acabada a pedagogia cultural passou-se para as pedagogias construtivas: o aluno constrói a sua própria aprendizagem com a ajuda de fichas, testes... Mas continuavam a não ter acesso livre aos livros, só possível através de pedido às funcionárias.
Mais tarde, em 1993, a escola comprou um programa informático para a biblioteca que era constituído por quatro campos temáticos e o aluno, através do computador, procurava o livro que queria, aparecendo uma lista dos livros e o armário e a prateleira onde os podia encontrar, apesar deles se manterem sem livre acesso. Mas esta nova forma de dinamizar a biblioteca durou pouco mais de um ano. Em 2000, teve fim a informatização.
Após dois anos, houve a alteração do local da biblioteca, que deixou de ser no bloco C e passou a ser no sítio onde a vemos hoje, da forma que é hoje. Ainda me lembro que ficava sempre aqui a tentar ajudar os alunos.
Quando a Área Escola foi criada, novos desagfios foram colocados ao Centro de Recursos. Faltavam materias diversos para a realização dos trabalhos dos alunos. Foi então que os professores tiveram a ideia de organizar dossiês temáticos com pedaços de revistas recortados, com a ajuda de alguns funcionários. Era frequente, ver logo de manhã, os professores, que faziam parte do projecto, com um saquinho de plástico cheio de revistas para nós vermos e retirarmos as informações.
Hoje em dia, a biblioteca já está integrada na rede de bibliotecas escolares. A escola era das únicas a conseguir ter acesso à evolução das novas tecnologias, fazendo com que este espaço, que era, nessa altura, a grande janela para o conhecimento e informação através das enciclopédias, computadores, estivesse sempre cheio. A biblioteca foi sempre uma prioridade da escola.
Com isto tudo, quero dizer-vos que a memória é o mais importante: é o que prevalece depois das mudanças. Eu entendo o valor da memória como o encontro do ser consigo próprio.






Helena Soares – Caldas da Rainha, 28 de Outubro de 2009

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Bem vindos

Este espaço está aberto à contribuição dos alunos, funcionários e professores da Escola Secundária de Raul Proença
todas as colaborações são bem vindas.
A colaboração pode ser de textos, fotografias, desenhos, etc.